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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526

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Eternos Namorados: De Juiz de Paz realizando casamentos a conselheiro na Igreja, Adauto e Juventina contam sua história de vida que somam 54 anos de amor e união.

12 jun 2018 15:23:00

| Entrevista em Foco

Eternos Namorados: De Juiz de Paz realizando casamentos a conselheiro na Igreja, Adauto e Juventina contam sua história de vida que somam 54 anos de amor e união.

Com 52 anos de casados, somados dois de namoro o casal conta sua história de vida e divide com nossos leitores conselhos para um relacionamento duradouro e feliz.

EXCLUSIVO

Redação

Nesta data especial em que muitos casais apaixonados comemoram um, dois ou três anos de namoro, seja através de um jantar romântico ou um passeio especial, a equipe de reportagem do “Maracaju em Foco” visitou um casal mais que especial na cidade de Maracaju, conhecidos pelo trabalho na Igreja Católica e também no Rotary Club, este último atuando já há 28 anos,ambos se consideram eternos namorados e diante dessa história que você irá conferir agora, não restam dúvidas que a afirmação é uma realidade e serve de exemplo para todos nossos leitores.

Trata-se de Adauto Rigotti de 72 anos e Juventina Greffe Rigotti de 69 anos, possuem a grata satisfação de completarem 52 anos de casados, cheios de altos e baixos, porém, sempre juntos, ambos se conhecem desde a infância, brincavam e conviviam juntos, criados praticamente como irmãos, porém, jamais imaginavam que daquela forte amizade de criança surgiria um grande,verdadeiro e intenso amor.

Adauto relata que sua mãe, quando se casou pela segunda vez, casou-se com um tio de Juventina, onde os vínculos foram ainda mais fortalecidos.Da convivência constante na infância, iniciou-se um amor somado a amizade já existente, que se confirmaram quando Adauto completou seus 18 anos, quando de fato iniciaram o namoro.

O casal se mudou para Maracaju em 1973, já casados e permanecemna cidade até a atualidade. Adauto atuou como telegrafista, um dos sistemas de comunicação mais modernos naquela época, posteriormente foi Juiz de Paz, onde teve a oportunidade de efetivar seus conhecimentos, aconselhando casais que estavam iniciando uma vida conjunta, ficou nessa função por 28 anos, realizando em torno de cinco casamentos por semana, estima-se que Adauto tenha aconselhado mais de setenta mil casamentos.

Com dois filhos, quatro netos e uma bisneta o casal conta sua história de vida, seus desafios, dificuldades e alegrias, relata ainda que tiveram a satisfação de criar os filhos dentro de princípios religiosos que se postergaram agora a maneira que seus filhos criam os netos, realizando uma verdadeira corrente do bem e da felicidade no seio familiar. Conheça essa história de amor, união, superação e respeito na reportagem especial do Maracaju em Foco.

Maracaju em Foco: Quando vocês notaram que estavam se gostando, quem contou primeiro para os pais?

Adauto: Foi a Juventina (risos).

Juventina: Contei para minha avó, fui criada por ela, ela sempre foi bem receptiva, não teve muitas dificuldades, contei que o Adauto estava querendo me namorar e já tinha feito o pedido inclusive, na época ela falou que era uma decisão que cabia a mim, disse ainda que eu já estava na idade de namorar. Ela sempre falava que não queria morrer, antes de me ver casada, como ela era muito doente e já estava com uma idade avançada, essa era uma preocupação constante dela.Na época quando fui pedida em namoro, ainda disse que iria pensar, não respondi de imediato (risos), demorei quase 15 dias para dar a resposta, minha avó ainda disse que fomos criados como irmãos e disse que deveríamos experimentar e se conhecer dessa nova maneira.

Adauto: Não contei para minha mãe de imediato, tinha uma irmã que gostava muito de conversar e ela contou antes de mim mesmo (risos). Minha mãe na época me chamou e perguntou se era verdade, somente confirmei e a preocupação dela foi de ter mais uma pessoa para sustentar, aumentando as despesas, na época foi questão de honra trabalhar e lutarmos pela independência. Contei para a Juventina, conversávamos muito, pois atualmente noto que os namorados e casais não se conversam mais, alinhamos de não dar esse gosto para minha mãe, de imediato, decidimos que iríamos casar, mas, ter uma casa nossa, longe de todos, para começar nossa vida sozinhos, sempre nos demos bem com nossos parentes, mas, era uma decisão nossa.

Maracaju em Foco: Como era o namoro daquela época?

Adauto: O namoro daquela época, era cada um sentado lado a lado e sempre com alguém cuidando (risos). Quando surgir uma oportunidade a gente se encostava um pouco (risos), porém, no geral eram assim os casais de namorados. Quando íamos sair, sempre com a companhia de um tio ou outro parente dela, jamais sozinhos, hoje os jovenspouco depois de começarem a namorar, já saem sozinhos, nada contra, mas naquela época era assim.

Maracaju em Foco: Após casados como foi à vida de vocês?

Adauto: Sempre vivemos muito bem, jamais tivemos uma briga, apenas discussões que tinham o intuito de melhorar as nossas vidas, na relação a dois, principalmente o homem que comete seus erros e nem sempre quer admitir, muitas vezes esse erro é cometido por não ouvir a esposa, o casal tem que conversar e se entender. Busquei levar isso muito a sério, ficava chateado em alguns momentos e na maioria das vezes ela estava certa, por isso, ouvir ela sempre foi fundamental para as coisas darem certo.

Tivemos dois filhos o Reinaldo Greffe Rigotti e a Rosangela Greffe Avila que foram criados nos princípios religiosos e com isso temos a felicidade de ter constituído uma família maravilhosa, cada filho se casou e já possuem dois filhos, que são os nossos netos, dois homens e duas mulheres e ainda uma bisneta de oito meses. Sempre tivemos o pensamento de estarmos criando os filhos, não para a gente, mas, para o mundo, tanto é que um é residente em Florianópolis – SC, mora há vinte anos por lá, outra em Rio Brilhante, buscamos dar nosso apoio e permitir que eles também constituam suas vidas, dentro dos mesmos princípios que os criamos.

Juventina: O Reinaldo sempre nos pede para ir para lá, é uma briga (risos), quando vamos temos que ficar pelo menos por 30 dias. Minha filha também pede para ir para Rio Brilhante e por ai vai, ambos são muito ciumentos (risos).

Maracaju em Foco: Como era o trabalho naquela época Sr. Adauto?

Adauto: Iniciei minha carreira como radiotelegrafista, era um dos sistemas de comunicação mais modernos naquela época, utilizava Código Morse, através do rádio, servi a Base Aérea em Campo Grande, onde lá obtive esses conhecimentos, naquele período havia muitas dificuldades de comunicação e isso foi inovador, já que enviávamos mensagens rápidas e bem nítidas para qualquer lugar do país, diante de qualquer dificuldade como chuva ou outros sinais impeditivos.

Quando chegamos a Maracaju, minha intenção era atuar com Hotel, já que não existia nenhum hotel na época, construímos e temos ele até hoje, porém arrendado, também tive aqui a oportunidade de atuar no Departamento de Comunicação do Estado do Mato Grosso, ainda como radiotelegrafista, onde permaneci por 10 anos, posteriormente, tive a oportunidade de ser o Juiz de Paz, onde atuei por 28 anos.

Nessa função realizada uma média de cinco casamentos por semana, às vezes mais, às vezes menos, porém essa era a média, como atuei por 28 anos, fizemos milhares de casamentos, gostava muito dessa função, pois tinha a oportunidade de conversar com os noivos, transmitindo uma experiência de vida, não que sejamos melhores que os outros, mas, tínhamos uma experiência de viver bem e se respeitar, já que o importante do casal é sempre se respeitar, compartilhando os bons momentos e também os difíceis, isso fortalece o relacionamento a dois.

Maracaju em Foco: Qual foi o momento mais difícil que o casal enfrentou ao longo desses anos de casados?

Adauto: Com certeza a parte mais difícil que enfrentamos juntos foi o acidente de moto que passamos, sempre gostamos de aventuras e sempre fizemos juntos, essa do acidente jamais queríamos ter passado juntos, mas, infelizmente enfrentamos.

Juventina: Esse acidente ocorreu no dia 16 de Abril, próximo de uma Festa da Linguiça e éramos encarregados das camisetas que a equipe de trabalho iria utilizar, lembro que meu filho estava em Maracaju e saia com a moto, porém, meu genro veio e levou nosso filho para Rio Brilhante passar o final de semana com a irmã. A moto ficou aqui em Maracaju, logo na segunda-feira pelas 9 horas, tínhamos que ir ver as camisetas, quando o Adauto indagou se iríamos de carro ou de moto, somente respondi que se ele estivesse com vontade de ir de moto, iríamos como fazia alguns dias que o Adauto não andava de moto, observei que ele estava com vontade de sair e assim fomos. Logo em seguida, poucas quadras de casa, um veículo nos atingiu, lembro que na época me recuperei rapidamente, porém o Adauto ficou muito mal, praticamente nasceu de novo.

Adauto: Estávamos devagar, porém, sem como impedir o choque, lembro que a última fala que ouvi foi da Juventina avisando sobre a caminhonete, após isso, somente vi um branco e apaguei.

Juventina: Na ocasião o Adauto quebrou dez costelas, perfurou dois pulmões, sendo que um deles perdeu ainda 30% do órgão. Foi mais sofrido quando ouvi da médica que ele iria vivo para Campo Grande, mas, não sabia se iria voltar, no Raio-X foi constatada que havia três ossos da coluna trincados. A Doutora na época ainda disse que se ele sobrevivesse, talvez ficasse sem poder andar, lembro que minha cunhada ainda me disse que o Adauto não voltaria mais vivo. (Ao relembrar a história Juventina se emocionou nesse momento.) Lembro que ela foi junto com ele para Campo Grande, não podia ir, pois ainda estava em observação no Hospital de Maracaju, somente disse a ela, que poderia ter certeza que o Adauto retornaria vivo.

Adauto: Sempre tivemos muita fé em Deus e isso sem dúvida nenhuma é o mais importante que se tem na vida, ter a presença de Deus. Quero relatar para que fique de exemplo do que é a providência de Deus em nossas vidas, diante desse grave acidente, sai da UTI no terceiro dia e fui enviado em uma ambulância UTI para Campo Grande, como caso de alta gravidade, tendo que fazer uma cirurgia no pulmão, já que devido ao acidente ele estava muito danificado, me apeguei muito a Jesus Cristo e fui para Campo Grande, acompanhado de minha filha e meu genro, chegando a Campo Grande em uma sexta-feira o médico tirou o Raio-X e no domingo, após novo Raio-X, recebi a notícia que não seria mais necessário fazer a cirurgia, devido a cicatrização positiva e rápida que o pulmão obteve, nem o médico entendeu naquele momento, me dando alta, somente pedindo um retorno em 30 dias. Essa passagem da cirurgia que deveria ser feita no pulmão e depois não foi necessária foi um verdadeiro milagre.

Juventina: Foram apenas treze dias no hospital, com dez costelas quebradas, pulmão perfurado e o ombro danificado. Essa do ombro era mais uma questão estética e somente poderia ser realizada 30 dias após a saída dele do Hospital em Campo Grande, por opção, ele não quis passar por essa cirurgia.

Maracaju em Foco: Após os filhos casarem, querendo ou não, muda um pouco o casamento, fale para a gente sobre isso.

Adauto: Aí que melhora o casamento (risos).

Juventina: A gente deixa de ter uma preocupação direta com os filhos, já que a preocupação maior se torna um com o outro.

Adauto: Muda para melhor no seguinte sentido, podemos curtir melhor o casamento, sem aquela preocupação com os filhos, já que sabemos que eles estão bem e vivendo suas vidas, um pouco de preocupação sempre há claro, mas, não é a mesma preocupação de estar convivendo diariamente. Já ouvi pessoas falarem:

“Agora vivem somente vocês dois? A vida deve ter perdido o sentido.”

Digo que não, para nós tem muito sentido, cada dia que passa nosso casamento melhora, viajamos e passeamos ainda mais!

Juventina: Agora que namoramos ainda mais! (risos)

Adauto: Somos aposentados, mas, não paramos nossa vida, fazemos os serviços de casa juntos, ainda atuamos no Rotary, onde temos nossas obrigações, atuo na Igreja Católica como Ministro da Eucaristia, visito as pessoas doentes que estão precisando de uma palavra, conselhos ou simplesmente a presença de alguma pessoa e isso é a semana inteira, sempre com uma atividade, vamos levando as nossas vidas, nunca se esquecendo do tempo para namorar (...)

Juventina: Isso é sagrado, chegamos em casa por volta das cinco horas da tarde e fazemos o chimarrão, sentamos um do lado do outro, assistimos novela e buscamos sempre conversar.

Adauto: Nessas conversas sempre buscamos ouvir um ao outro, ou seja, desde o que fizemos de errado, claro que a maioria é eu que faço errado, ou melhor, tudo eu (risos). Quando estamos juntos com toda a família, buscamos reforçar esse convívio, cada vez mais, já que o importante do casamento é a família que essa união construiu. Uma família que é constituída dentro dos princípios religiosos, dificilmente terá problemas de filhos envolvidos com drogas ou outros problemas, isso sempre foi constante em nossa família, efetuávamos a leitura da bíblia de forma conjunta acompanhada sempre de muito diálogo e isso com certeza nos possibilitou ter uma família abençoada.


Adauto e Juventina acompanhado dos filhos e familiares - Foto: Arquivo Pessoal

Maracaju em Foco: Dona Juventina qual é característica que você mais gosta e admira no Sr. Adauto?

Juventina: O que mais admiro nele é a sinceridade, durante toda a nossa vida juntos tive grandes exemplos de sinceridade dele e isso com certeza é o que mais admiro nele.

Maracaju em Foco: Sr. Adauto qual é característica que você mais gosta e admira na Juventina?

Adauto: Desde os tempos de solteiro, admiro muito nela e inclusive foi um dos meus incentivos para começar a amar e pensar em um namoro foi à maneira que ela tratava as coisas, sempre com muito capricho, zelo e cuidado, seja com as pessoas ou com as coisas. Isso atualmente reflete em nossas vidas, pois ela, sempre propicia o melhor ambiente para convivermos juntos e felizes e, quero deixar registrada uma coisa muito importante, ela cozinha muito bem (risos).

Admiro a grande companheira que ela é sempre me deu bons conselhos, mesmo eu não acatando alguns, mas, toda vida sempre se preocupou com nosso casamento, tanto financeira quanto pessoal e, isso que eu gostaria de transmitir para as pessoas que lerem essa reportagem, seja a importância do casamento e como o mesmo tem que ser levado.

Maracaju em Foco: Para encerrar, quais os conselhos que vocês passam para quem está namorando e pensa em constituir um casamento?

Adauto: Primeiro de tudo, deve se priorizar a sinceridade, isso é o principal, somado ao respeito mútuo e todos os dias investir no casamento, ou seja, o marido fazer alguma coisa que agrade a mulher, bem como a mulher fazer alguma coisa que agrade o marido, seja um carinho, presente, enfim, algo que mantenha o amor aquecido e faça com que o casal namore ainda mais.

Outra coisa importante é cada um sempre manter o agrado aos filhos ativo no casamento, por que quando está agradando os filhos, tanto o marido quanto a esposa também fica feliz, bem como no decorrer da vida, estender esse carinho, respeito e amor aos netos que vão nascendo.

Também não posso deixar de dizer sobre o companheirismo, ser um verdadeiro homem, acompanhando a esposa nos bons e maus momentos, estando junto e apoiando, mesma coisa a esposa, como no caso do acidente que relatamos, tive força diária da Juventina e isso que me motivou a sair com saúde desse triste momento em nossas vidas.

Juventina: Atualmente a juventude não costuma pensar e refletir muito sobre o namoro, acelera as coisas, querendo casar sem conhecer de fato o companheiro e dialogar. Deve primeiro buscar conhecer a pessoa e sua família, já que quando se casa não se casa apenas com o rapaz, acontece uma união de famílias.

Encerrada a entrevista com a mesma ainda em produção, nossa equipe de reportagem ainda foi surpreendida com uma ligação do Sr. Adauto, destacando que faltou uma informação muito importante para completar a matéria, que poderia servir como conselho do casal e ainda confirmou que há muito disso em seu casamento: “O casamento deve ter muito AMOR”, destacou o mesmo ansioso no telefonema.

O “Maracaju em Foco” se orgulha de poder contar essa história de vida, superação e sem sombra de dúvidas, muito amor, algo que observava-se fortemente no olhar tranquilo e sereno do Sr. Adauto e Dona Juventina, servindo de exemplo para muitos casais da atualidade.

Um Feliz Dia dos Namorados e também para os Eternos Namorados a todos nossos leitores!

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Reportagem: Ben Hur Salomão Teixeira – DRT/MS 0001391

Foto: Gessica Souza – DRT/MS 0001526

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