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Bem Vindo(a), Jornalista Responsável: Gessica Souza DRT/MS 0001526
11 jun 2025 18:47:09
| Colunista em Foco
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Djhonatan Lucas M. Soares
Psicólogo CRP 14/08240-9
Em 2008, o mundo se surpreendeu com a história de Hedviga Golik, uma mulher croata encontrada morta em seu apartamento em Zagreb, 42 anos após o falecimento. Sentada em sua poltrona, com xícaras de chá sobre a mesa e a televisão — segundo alguns relatos — ainda ligada, seu corpo mumificado se tornava um símbolo doloroso do isolamento humano.
Hedviga morreu em 1966. E ninguém sequer percebeu.
O que nos diz a Psicologia?
Esse caso nos faz refletir sobre o valor do vínculo social e a necessidade de pertencimento, temas centrais na Psicologia. Abraham Maslow, em sua hierarquia de necessidades, já destacava o afeto e a conexão como fundamentos psicológicos após a sobrevivência. Quando esses vínculos se rompem ou não se estabelecem, o indivíduo corre o risco de desaparecer, não apenas socialmente, mas até literalmente.
A pergunta que se impõe é: Como uma vida pode se apagar sem que ninguém perceba?
A resposta talvez esteja na crescente urbanização impessoal, no enfraquecimento das comunidades locais e na forma como a individualização extrema molda nossas relações: vizinhos que não se conhecem, famílias que perdem o contato, sociedades que não olham para os seus invisíveis.
O que a solidão silenciosa esconde?
A solidão, quando crônica e não escolhida, pode se tornar desumanizante. Ela não é apenas ausência de pessoas, mas ausência de reconhecimento, de espelhos sociais que digam “você existe”. A história de Hedviga não é só sobre uma mulher que morreu; é sobre uma sociedade que deixou de enxergar.
O corpo mumificado, encontrado intacto, preserva não apenas matéria, mas um testemunho cruel da negligência coletiva. Aquilo que deveria ser memória virou esquecimento. Aquilo que poderia ser cuidado, virou ausência.
E nós?
Quantas “Hedvigas” conhecemos e não vemos?
Quantas pessoas vivem em nosso entorno, trancadas emocionalmente em suas casas, sem visitas, sem ligações, sem sequer um “bom dia” no corredor?
A psicologia nos convida a repensar não apenas nossas relações íntimas, mas também nossos papéis como sujeitos sociais. Cuidar é também perceber. É notar o outro. É dar existência ao que poderia se apagar.
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